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SES-AM orienta sobre prevenção e cuidados com a Síndrome Mão-Pé-Boca

Altamente contagiosa, a infecção afeta, principalmente, crianças menores de cinco anos...

30/11/2024 às 19h56
Por: Redação Fonte: Agência Amazonas
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Foto: Reprodução/Agência Amazonas
Foto: Reprodução/Agência Amazonas
FOTOS: Evandro Seixas/SES-AM

A Síndrome Mão-Pé-Boca, transmitida pelo vírus Coxsackie, é uma infecção viral altamente contagiosa que afeta principalmente crianças menores de cinco anos, mas também pode acometer adultos. A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) alerta para os cuidados necessários, a fim de prevenir e tratar a doença, que se caracteriza por lesões na boca e erupções nas mãos e pés.

Geralmente, a doença não é grave, como explica a secretária da SES-AM, Nayara Maksoud, entretanto, se espalha rapidamente, transmitindo de pessoa a pessoa, direta ou indiretamente, por meio das fezes e secreções respiratórias, como saliva ou muco nasal.

“Embora possa afetar também os adultos, a Síndrome Mão-Pé-Boca é mais comum em bebês que estão amamentando e crianças menores de cinco anos de idade. Por isso, a importância dos pais estarem atentos aos sintomas e procurar atendimento o mais rápido possível”, reforça.

Sintomas

O pediatra Thiago Paiva, que atua no Centro de Atenção Integral à Criança (CAIC) Dr. Edson Melo, explica que as principais manifestações da doença são febre, erupções maculopapulares ou papulovesiculares em mãos, pés e nádegas, além de úlceras na mucosa oral e ao redor da boca. Em alguns casos, as erupções podem progredir para lesões bolhosas, amplamente distribuídas pelo corpo.

“Após a contaminação, os sintomas podem surgir entre três e seis dias. Os mais comuns são febre, que pode alcançar 39 graus, aftas na boca, além de lesões avermelhadas e vesículas acinzentadas nas mãos e pés. Estas lesões, ao se romperem, podem causar muita dor”, explica o pediatra.

Outro sintoma frequente é a dor na garganta, que pode dificultar a alimentação, especialmente em crianças. “Isso pode ser perigoso, porque a dificuldade de se alimentar pode levar à desidratação e, em casos mais graves, à necessidade de internação”, alerta.

Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes, durante aproximadamente quatro a oito semanas. O período de maior transmissibilidade é a primeira semana após o início dos sintomas.

“É fundamental lavar as mãos frequentemente e evitar contato próximo com outras pessoas, especialmente crianças, durante o período de recuperação. Esses cuidados são importantes para controlar a propagação do vírus”, pontuou o médico.

Tratamento

Atualmente, não há tratamento específico ou vacina disponíveis para prevenir a doença. Em casos de suspeita, os pais devem buscar atendimento em qualquer CAIC ou Unidade Básica de Saúde (UBS), onde pediatras e clínicos gerais estão aptos a oferecer o suporte necessário.

“Por não haver tratamento direcionado à doença, controlamos os sintomas, como febre e dor, com analgésicos e antitérmicos. Em alguns casos, utilizamos antialérgicos para diminuir a irritação causada pelas lesões. Além disso, o paciente precisa repousar, beber bastante água e se alimentar adequadamente para auxiliar na recuperação”, orienta o médico.

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